Lá Fora

by Rita Borba

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Pedro 'Almirante' Ramos
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Pedro 'Almirante' Ramos A voz feminina dos anos vinte da pop portuguesa acaba de surgir. Deixar de a escutar é um pecado, não queiram viver com essa culpa. Favorite track: Chá das Cinco.
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1.
Acordo de um sonho pintado a aguarela Depois de vinte alarmes, corro para me arranjar Abro as cortinas, espreito à janela Já é dia inteiro e nem vi o sol chegar Os pés torcem na calçada Danço como shiva Cansada acabo uma estrada Boca seca sem saliva Chá de folhas ou flores Cala a voz das minhas dores Preto, branco ou de alecrim Vermelho, verde ou de jasmim Dia escuro, céu nublado Fim da tarde na cidade Regresso a casa e ao passado Entram as lembranças, mergulho saudade
2.
O medo de partir Não te agarra mais A vontade de sair Larga o apego dos pais Vais fartar-te de andar Até onde eu não vou estar Vais ver a vida passar E mil contas por pagar Lá vais ser feliz É o coração que diz Queres tudo de uma vez Respira fundo conta até três Se o amor vence a saudade Vai por mim, prova a verdade Sei que é assim, tens de ir para outro lugar Ir atrás do que mais gostares Vais fartar-te de andar Até esse outro lugar Vais ver a vida passar Não percas tempo a pensar
3.
Não me venhas com mentiras Golpes baixos ou intrigas Que eu não vou estar a ouvir Não assoles os meus passos Olha que o caminho é estreito E não te vais ficar a rir Confronto a tua voz Pergunto e nós Espetas-me no peito Um não sem preceito Espero por ti assim Por seres quem és Da cabeça aos pés Não acatas uma injúria Minha infâmia passa a tua Será que não consegues ver? Passa uma, passam duas Passa o mundo inteiro em prosa E tu és vírgula airosa Troco o meu passo e passo por ele Arrepia-se a pele Dou-lhe o meu melhor abraço E sussurro ao ouvido dele Digo coisas que nunca Iria dizer em voz alta Esqueço as horas Se é noite ou dia
4.
Há ouro, tesouro, no fim do arco-íris Se não vacilarmos, vamos lá chegar Agora, é hora, de atingir a claridade Deixar tudo o que te pese, fugir desta cidade Vem, que a chuva vai passar Sei de um lugar Para pôr fim aos tempos de azar Areia nos olhos, difícil de sarar Causa desconforto a quem a tentar tirar Portas fechadas que nunca hão de abrir Quebrem-se janelas que te deixem existir Vem, que a chuva vai passar Sei de um lugar Para pôr fim aos tempos de azar Vem. O céu está a abrir A vida é a seguir Não te deixo desistir
5.
Até Três 03:43
Olhos derretem-se em lágrimas As lágrimas molham o rosto do crocodilo Trocam-se as prendas no natal Todos os anos é igual Usam-se máscaras de carnaval Mas ninguém parece levar a mal Deixa viver, deixa morrer À vontade do freguês Deixa viver, deixa morrer Deixa contar Até três Olhos derretem-se em lágrimas As lágrimas saram as feridas da guerra Digo o que quero dizer Leio em voz alta para me entreter Deixa-me ser o que quero ser Acho difícil alguém me demover
6.
Azul 02:38
MÚSICA | Tomás Branco LETRA | Rita Borba, Tomás Branco e Pedro de Tróia Gritos na rua Lá ao longe o mar Reflete a lua Corpos a brilhar Atlântico inteiro Oceano meu regalo Oiço as tuas ondas Prometo ser embalo Azul do céu, azul do mar Faz-me acreditar Ilumina-me a alma Num suspiro que acalma As ondas espalham Bravas melodias Enquanto adormeço Rebentam nas baías Fazem-no seguras De que irão voltar Guardam as memórias Nos búzios do mar Azul do céu, azul do mar Faz-me acreditar Ilumina-me a alma Num suspiro que acalma Vento na cara que vem por bem Escrevo um desejo para o ano que vem Azul do céu, azul do mar Ensina-me a cantar Nas nuvens, inspiração A cada onda, uma canção
7.
Ao sol perdes cor Esse verde, verde esperança A ferver ganhas sabor Que me lembra toda a infância Dessa água vou beber Para acalmar este tormento Que me faz entristecer Sem esquecer que há alento Diz-me afinal, Quem sou eu, quem posso ser Diz-me tu quem me quer mal Neste meio mundo a arder Diz-me afinal Quem sou eu, quem posso ser Dá-me o remate final Dá-me impulso para viver Tens o dom de entorpecer O mal que trago em mim Abraça-me ao anoitecer Não me mostres nenhum fim
8.
Nuvem Negra 08:16
Este Inverno não vou sentir o frio O meu corpo quente sente o teu calor O teu sangue a ferver A tua pele é testemunha do que digo Como não consegues ver? Que se levante o véu Nuvem negra que não Deixa ver o céu O sol ardente Que se levante o véu Nuvem negra que não Deixa ver o céu A verdade não vem com a idade Isso eu sei de cor Se errar é humano, Também o é pensar Para não voltar a errar No outro dia impus-te a minha condição E água doce era salgada Viste o Tejo chorar até ao mar Não sentiste nada 

about

Gravado no verão de 2020 no Estúdio da Avenida de Roma por Bernardo Barata.
À minha família e amigos, ao Pedro de Tróia e ao Tomás Branco.
Obrigada por acreditarem na minha voz e por todo o apoio na criação deste disco.

Junho 2022

credits

released June 3, 2022

VOZ | Rita Borba
COROS | Bernardo Barata, Pedro de Tróia, Rita Borba e Tomás Branco
TECLADOS e GUITARRAS | Tomás Branco
BATERIA | Alexandre Alves
BAIXO | Bernardo Barata

PRODUÇÃO | Pedro de Tróia e Tomás Branco
GRAVAÇÃO | Bernardo Barata
MISTURA | João Moreira
MASTERIZAÇÃO | Carl Saff
PRODUÇÃO EXECUTIVA | Aquário Clube
COMUNICAÇÃO | Elevadores dozeroaoprimeiro@gmail.com

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Rita Borba Lisbon, Portugal

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